quarta-feira, 5 de maio de 2010

Hoje à tarde eu peguei um ônibus até o centro de Porto Alegre e não acreditei no que aconteceu...
Entrou um homem de cadeiras de rodas e como o ônibus não havia lugar para cadeirantes, ele ficou no corredor e logo que entrou, começou a discursar e falar o quanto as pessoas ali presentes eram bonitas e o quão grato ele era pela vida. Então começou a contar sua história, que ele era morador de rua e vivia embaixo da ponte e que não sabia descrever a fome que ele tava sentindo e não tinha vergonha de estar ali pedindo, pois ele realmente necessitava.
Foi então que começou a passar uma "garrafa" azul (aqueles potes das batatas rufles igual ao Mr. Pringles) arrecadando moedas dos passageiros, foi passando, foi passando, mas não voltava mais. Eu sentada num banco perto dele comecei a sentir a angustia daquele homem pedindo que a garrafa voltasse, sem ninguém conseguir enxergar por onde ela andava, até que as pessoas à volta começaram a gritar por ela e o cobrador tira ela de trás da sua cadeira e começa a dizer que está vazia e realmente estava. Ela voltou às mãos daquele homem absolutamente vazia.
O que eu realmente não entendo, é o que leva uma pessoa a roubar um necessitado, um paraplégico, uma pessoa que não tem nem o que comer... Quão grande é o egoísmo e a hipocrisia de alguém a ponto de fazer isso? Quanta falta de compaixão ainda cabe no coração de uma pessoa, no coração do mundo?
Certamente essa pessoa não tem coração e não merece a compaixão de ninguém. Não sou ninguém pra julgar os outros, mas não consigo acreditar no que a sociedade está se tornando. Se vivemos numa sociedade em que uma pessoa que provavelmente trabalha, provavelmente tem uma casa, uma mesa com comida, tem o sangue frio de roubar algumas moedas de outra pessoa que, ao contrário, não tem nada...
Não sei, depois as pessoas não sabem porque coisas ruins acontecem...
Elas acontecem porque a gente atrai o que transmite!

Enfim, tô revoltada com tudo isso...

Generosidade, gera generosidade. Vamos fazer as pessoas felizes, pra que elas também nos façam...

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